BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE E BOA SORTE. QUE DEUS NA SUA INFINITA BONDADE NOS ILUMINE HOJE E SEMPRE.
CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião-SP
Paraíso dos poemas e canções de um poeta e músico caiçara
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SOLUÇÃO PARA BRIGAS FAMILIAR
 
 





Dois jovens, casados entre si, eram bastante unidos e se amavam muito. Tinha um filho, o Carlinhos com mai ou menos seis anos de idade. Mas viviam brigando por qualquer coisa, principalmente ciúmes.
Vez ou outra discutiam e ficavam dois ou três dias sem sequer se falar. Nessas ocasiões inclusive dormiam em camas separadas e não rolava sexo de jeito nenhum até voltarem às pazes.
Ficava assim uma situação estranha e bem difícil. Por isso certo dia o marido aproximou-se da esposa e propôs uma solução para amenizar a situação nesses momentos, dando trégua às brigas.
Quando estiver querendo voltar numa boa ao nosso relacionamento depois de alguma discussão, você escreve um bilhete ou pede para o Carlinhos me avisar que gostaria de usar a máquina de escrever.  E eu farei o mesmo. Ela concordou de pronto.
Tudo transcorreu normal e o casal já não brigava ha um bom tempo. Um dia, do nada começaram uma briga e entre as altercações ela disse:
- Você vai ver. Não me procure mais.
Já fazia uns quinze dias que estavam brigados. O marido desesperado numa tarde, quase noite, chamou o Carlinhos e pediu:
- Fala para a sua mãe que eu hoje preciso usar a máquina de escrever. Preciso datilografar uma carta.
O garoto foi depressa avisar a mãe. Ela ainda ressentida falou para o Carlinhos:
- Diga para o seu pai que não vai dar.   A máquina de escrever está quebrada.
Inocente o garoto falou para o pai a resposta da mãe, pois não entendia bem o que eles falavam.
Logo após o jantar o marido foi para a sala ver programa de televisão e deu aquela pequena cochilada. Na cozinha, enquanto lavava as louças, ela pensou um pouco e achou que tinha sido muito duro para com o marido. Imediatamente chamou o Carlinhos e mandou o recado para o marido.
No sofá da sala o marido tomou aquele susto quando o Carlinhos chegou e foi falando:
- Papai, a mamãe falou que já consertou a máquina de escrever e o senhor vai poder usar a hora que quiser.
Bravo pra caramba o pai gritou:
- Fala pra sua mãe que eu não preciso mais da máquina.  Já escrevi a carta a mão mesmo.
 
 
 
 
Nota do autor:
Este causo refere-se aos anos de 1960, quando só pessoas mais abastadas tinham em casa uma boa maquina de escrever. Hoje em dia foi substituída em todo mundo pelos computadores e celulares de alta geração.
 
 
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 20/08/2019
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